Tomar café faz bem à saúde? Aspectos cognitivos, físicos e ocupacionais de desempenho
A cafeína, uma substância presente em diversas bebidas cotidianas, é o foco de um recente artigo científico que promete desvendar os intricados efeitos dessa substância no desempenho cognitivo, físico e ocupacional. Intitulado “A review of caffeine’s effects on cognitive, physical and occupational performance,” o estudo apresenta uma análise abrangente sobre as descobertas recentes relacionadas à cafeína.
O texto destaca que a cafeína, além de proporcionar prazer e energia, revela-se como uma ferramenta capaz de aprimorar a vigilância, a atenção e o tempo de reação em doses moderadas.
No entanto, ressalta-se que a moderação é fundamental, uma vez que o consumo excessivo pode desencadear efeitos adversos como ansiedade, insônia e tremores, além de potencialmente levar à dependência e tolerância.
A relação entre o consumo crônico de cafeína e a redução do risco de doenças neurodegenerativas também é abordada, embora a associação entre café/chá e distúrbios cognitivos permaneça um tópico debatido. No aspecto físico, a cafeína demonstra seus efeitos ergogênicos, melhorando a oxidação de gordura, a liberação de cálcio e, consequentemente, a contração muscular. Entretanto, cabe um alerta para possíveis efeitos adversos, como aumento da pressão arterial e taquicardia, além de impactos na hidratação e absorção de nutrientes.
A cafeína oferece benefícios significativos em termos de alerta, desempenho cognitivo e físico, mas o equilíbrio entre esses benefícios potenciais e possíveis efeitos adversos deve ser cuidadosamente considerado por indivíduos sensíveis.
5 Fatos destacados neste Artigo:
1. A cafeína pode melhorar a vigilância, a atenção e o tempo de reação, mesmo em doses relativamente baixas, tornando-se uma ferramenta valiosa em contextos nos quais a vigilância e a atenção são essenciais para o desempenho cognitivo e ocupacional.
2. O consumo crônico de cafeína pode estar associado a um risco reduzido de desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, embora a associação entre o consumo de café/chá e distúrbios cognitivos ainda seja objeto de debate.
3. A cafeína tem sido amplamente estudada em relação aos seus efeitos ergogênicos, ou seja, sua capacidade de melhorar o desempenho físico e reduzir a percepção de esforço durante o exercício, podendo aumentar a oxidação de gordura e a liberação de cálcio, o que pode melhorar a contração muscular e a resistência.
4. A cafeína pode atenuar a sonolência e a fadiga, sendo especialmente relevante em situações que exigem alto nível de alerta, como atividades prolongadas e monótonas, serviço militar de sentinela e longos períodos de direção.
5. Embora a cafeína ofereça benefícios em termos de alerta, desempenho cognitivo e físico, seu consumo deve ser moderado, especialmente em indivíduos sensíveis, devido aos possíveis efeitos adversos, como ansiedade, insônia e tremores.
Referência: McLellan, T. M., Caldwell, J. A., & Lieberman, H. R. (2016). A review of caffeine’s effects on cognitive, physical and occupational performance. Neuroscience & Biobehavioral.